Luìs Marrafa | Abstand
Sinopse
“As pessoas gostam de manter certas distâncias de outras pessoas ou de objectos. E essa bolha
de espaço invisível que constitui o ‘território’ de cada pessoa é uma das principais dimensões
da sociedade moderna”. (Eduard T. Hall)
Qual a distância certa entre as pessoas ou a medida correcta que separa indivíduos, a distância
pode ser em milímetros, metros ou mesmo para sempre. A distância manifesta-se de forma
física e emocional. Neste caso existe uma distância entre dois homens. Ao romper barreiras
aparecem reacções, inclusões e emoções, existe uma relação paradoxal onde a linguagem dos
corpos estão em constante mutação.
Ficha Técnica
concepção / coreografia Luís Marrafa
co-criação Luís Marrafa / António Cabrita
coordenação Petra Van Gompel
música original / luzes Luís Marrafa
música adicional Radiohead
duração 45min.
MARRAFA production
Apoios | GC De Markten BXL, GC Nekkersdal BXL, StairCase.studio BXL, Flanders State of the Art.
2013 / 2014 BXL
BIO
Luis Marrafa (PT)
Nasceu na Alemanha, viveu e estudou em Évora. Luis foi inspirado pelos trabalhos do Rui Horta
e a partir daí focou na dança e obteve a licenciatura na Escola Superior de Dança em Lisboa.
Trabalhou com a coreógrafa e bailarina belga Karines Ponties. É o co-fundador da de dança MARRAFA e do estúdio de dança StairCase.stuidio em Bruxelas. Cria os seus próprios
trabalhos como coreógrafo, intérprete e realizador salientando “Unstable”, “light night”,
“escape”, “IIB”, “Untitled”, “Disquiet” e “ABSTAND”. Recebeu prémios em 2009 com o melhor
video dança “IIB” através do festival International de dança em Almada e a melhor
performance com o video dança “Untitled” em 2012 através do festival International
“InShadow” em Lisboa. “ABSTAND” foi nomeada como melhor coreografia através do Prémio
Autores SPA 2014, Portugal. Ele está a desenvolver o seu novo projecto de dança para 2014/15
envolvendo bailarinos portugueses, belgas. Ele trabalha de forma intuitiva e é inspirado pelo
interesse de culturas diferentes e experiências de vida.
http://www.marrafa.com/marrafa/MARRAFA_vzw.html
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Lander Patrick | Arrastão
“Arrastão é um vendaval em cápsula”.
Arrastão é uma dança-concerto, na qual um performer/maestro dirige em tempo real luz, som e público,
convidando-o a envolver-se ativamente na construção de paisagens rítmicas.
Nesta dança-concerto, estimula-se um compromisso incontornável com e entre estranhos, em que
Lander Patrick articula um eixo de orquestrações, formando uma matéria performativa comum.
Arrastão esculpe um acordo coreográfico entre performer-espetador e espetador-espetador, navegando
numa relação triádica, em que o singular determina o todo, o todo inspira o singular, e o todo contamina
o todo. Esbatem-se assim as fronteiras entre espaço de ação e espaço de observação.
Descrição:
À entrada da sala, dois balões negros são oferecidos a cada elemento do público.
Distribuem-se então as primeiras pistas de um acordo interativo que desenhará o percurso da peça.
Através da sua coreografia, o maestro dará instruções de movimentos por forma a produzir sons particulares nos balões, que vão gerar uma sonoridade única.
Dribla-se as expectativas do espectador perante a semiótica do balão e de toda a informação que com ele
vem anexada: o imaginário infantil, uma celebração coletiva, um evento social.
Arrastão tanto desconstrói a semiótica do balão como ainda lhe atribui uma função sonora peculiar.
Arrastão convida à exploração dessa caixa negra musical, que servirá como motor de toda a peça.
Ficha artística:
Conceito: Lander Patrick
Cocriação e Interpretação: Jonas Lopes&Lander Patrick
Consultoria artística: Jonas Lopes, Margarida Bettencourt e Teresa Gentil
Participação especial: Sara Zita Correia e Sérgio Diogo Matias
Desenho de Luz: Carlos Ramos
Operação de luz e som: Rui Daniel
Produção executiva e difusão: Produções Independentes / Tânia M. Guerreiro
Coprodução: Centro Cultural de Belém, Materiais Diversos, Open Latitudes, Panorama
Apoio residências artísticas: CoLABoratório Panorama, PACT Zollverein, Centro Cultural de Belém,
O Espaço do Tempo, Alkantara, Centro Cultural do Cartaxo, Cineteatro Municipal João Mota Sesimbra
Apoio: Fundação GDA
Projeto financiado no âmbito do protocolo tripartido entre o Governo de Portugal-Secretário de Estado
da Cultura/DGArtes, Materiais Diversos e os municípios de Torres Novas, Alcanena e Cartaxo
https://vimeo.com/89720763 (Apresentação work in progress no CoLABoratório, Panorama 2013)
http://jonas-lander.wix.com/jonas-lander
Biografias:
Lander Patrick (Brasil, 1989)
Sofre de asma crónica desde que se mudou do Brasil para Portugal em 1989, ano em que nasceu. Foi
federado em voleibol para rematar a doença, acabando por se formar em dança. A atribuição de dois
prémios em coreografia – 1º prémio no Festival Koreografskih Minijatura (Sérvia) com a peça Noodles
Never Break When Boiled (2012) e 2º prémio no No Ballet International Choreography Competition
(Alemanha) com Cascas d’OvO (2013) – motivaram-no a persistir na criação coreográfica em vez trabalhar
num call center. Cascas d’OvO valeu-lhe ainda a distinção como Aerowaves Priority Company 2014, tendo
sido apresentada em Portugal, Itália, Suécia, França, Alemanha, Brasil, Espanha, Inglaterra, Polónia, Suíça,
etc. Tem vindo a colaborar, por esse mundo fora, com pessoas que admira, tais como: Luís Guerra, Tomaz
Simatovic, Marlene Monteiro Freitas, Margarida Bettencourt, André E. Teodósio, Jonas Lopes, entre
outros. Vive em Lisboa numa autocaravana com o seu amor e acredita que o vegetarianismo contribuirá
para uma prolongada existência do planeta.
Jonas Lopes (Portugal, 1986)
Chama-se Jonas devido a uma promessa materna aquando do parto, decide oferecer-lhe um nome bíblico.
Entra, mais tarde, na escola Chapitô onde passa três anos com professores como Sofia Neuparth, Amélia
Bentes ou António Pires; faz uma residência artística em Itália, desenvolve estágio profissional no palco do
São Luiz e almoça com vista sobre o Tejo.
Terminado o curso emigra para Londres. Aí, partilha casa com pessoas que cresceram num barco ou nos
Pirenéus, canta fado em diversos eventos da cidade e frequenta o Pineapple Dance Studio.
Com saudades do azeite luso, volta para Lisboa e grava o álbum de Rosa Negra Fado Mutante, editado em
2011, reconhecido com o prémio Carlos Paredes 2012. Ingressa nesta altura na Escola Superior de Dança,
onde se lança como criador, essencialmente em colaboração com Lander Patrick.
Sente-se um privilegiado por viajar, aprender e trabalhar com nomes do teatro, música e dança como
Margarida Bettencourt, Tiago Guedes, Vera Mantero, Sofia de Portugal, Madalena Victorino, André
Teodósio, Maria João e Mário Laginha, entre outros.
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