A vida é uma sucessão infindável de ocorrências aleatórias. Certo? Talvez.
Há, porém, coincidências que destabilizariam o equilíbrio até de um céptico.
Não havia melhor nome possível para os You Can’t Win, Charlie Brown. Assenta-lhes que nem uma luva. E a escolha foi um mero acaso.
Tudo partiu de um livro com esse mesmo título. Estava lá ao pé quando começaram a ensaiar juntos. E, pronto, ficou esse o nome. Era um dos livros da série Peanuts de Charles Schulz, com a sua inesquecível criação Charlie Brown, o puto que acredita, apesar das inseguranças e dúvidas, e acaba sempre por se desiludir.
Há, portanto, duas bandas: a desenhada e a banda You Can’t Win, Charlie Brown. E até têm tons semelhantes. A melancolia domina ambas, mas sempre com humor.
Afonso Cabral, Salvador Menezes, David Santos (Noiserv), Luís Costa, João Gil (Diabo na Cruz, Julie And The Carjackers) e Tomás Sousa são as pessoas que fazem a banda.
Depois de um bem recebido EP homónimo, editado pela Optimus Discos em 2010, que permitiu ao sexteto lisboeta dar os seus primeiros passos pelos palcos nacionais, eis que surge em Maio de 2011 o primeiro longa duração “Chromatic”, editado pela Pataca Discos.
O sucesso online do primeiro single “Over The Sun/Under The Water” valeu á banda uma série de elogios por parte dos mais diversos sites e blogues um pouco por todo o lado e uma ida ao Reino Unido para tocar no festival The Great Escape, num cartaz que contava com Sufjan Stevens e DJ Shadow, entre outros.
Os You Can’t Win, Charlie Brown preparam-se agora para mostrar “Chromatic” pelos palcos nacionais. A banda que o Les Inrockuptibles descreveu como “Sublime, por falta de adjectivos melhores” quer mostrar que, afinal, até pode ser que ganhe.
SAFIRA '20 
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