“e não como um movimento por si só” | Intervenção/instalação na paisagem.
Uma viagem de bicicleta no inicio deste ano, entre Lisboa – Montemor-o-Novo – Lisboa, serviu como base de estudo. Um tempo próprio e interrompido, num movimento de retorno ao “Eu”. O meu corpo trouxe memórias, todas elas bastante físicas, numa osmose indissociável de espaço e som. Nesta intervenção/instalação os nossos sentidos confrontam-se em interacção com a paisagem, o som, o espaço, o movimento e a matéria. Elementos deixados pela natureza, servirão de estruturas sonoras envolvidas pela planície, num convite cúmplice a um confronto entre dois, espaços.
Esta instalação “e não como um movimento por si só”, propõe-nos a estabelecer um percurso sonoro, aleatório na paisagem. Na realidade, trata-se de uma performance que é executado pelo espectador.
Haverá um mapa, começamos a descer em direcção à ribeira, nesse espaço iremos encontrar uma esteiras tecidas com plantas estendida no chão como uma extensão daquele lugar, junto destas repousa um tronco num convite ao espectador a se envolver numa coreografia com ele. Ouvimos um som vindo de dentro de cada tronco. Cada um dos sons, numa componente estrutural mais plástica, foi concebido numa relação muito própria com o território específico, e pretende-se, deste modo, que o espectador habite o espaço, que o experimente de uma forma diferente, a paisagem, a planície alentejana entendida nos seus limites histórico-social num contexto geográfico rural.
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